Osvaldo Demoly - O Primeiro Carteiro Camarense!

     Dário Oswaldo Demoly, foi o Primeiro Carteiro de General Câmara e também ficou conhecido como "O Homem de Ferro". Filho de Antonia Francisca da Rosa e João Carlos Pompeu Demoly. Nasceu no município de Estrela a 13 de abril de 1911. Faleceu em São Leopoldo no dia 30/05/1990. Portanto, se ainda estivesse em nosso mundo, da forma que está na lembrança dos seus familiares, teria na última sexta-feira, completado 101 anos de idade. Ao lado foto com o Tio Oswaldo, Tia Dadá e a Neta Soraya, filha da Regina e do Aparício, em frente ao prédio do antigo Correios.    

     Ele é descendente do Famcês Jean-Charles Pompée Demoly (no Brasil: Carlos Pompeu Demoly), que nasceu a 23 de outubro de 1807 na ilha atlântica d'Yeu, no Departamento de Vendée, Pays de La Loire, França.

     Ainda jovem, 12 anos, veio de Taquara no ano de 1923 com sua mãe e irmãos, trazido pelo seu Tio Argemiro que veio para servir o Exército em General Câmara. Posteriormente seus irmãos Norli Rosa Demoly e Eliezer Demoly (Bigé) entraram para o Arsenal, enquanto seus outros dois irmãos, Manoel e Mário, eram ferroviários.

     O tio Oswaldo antes de entrar para o Correios trabalhou como carroceiro, transportando mercadorias da praia. A carroça e o cavalo ele ganhou do Senhor Marcello Silva, pai da sua futura esposa. Na época, devido ao peso que costumava carregar, ganhou o apelido de O Homem de Ferro. Ao lado foto do casal ainda jovens com a primeira filha Ubaldina Therezinha (Professora Nenê).

     Casou-se com a prima irmã da minha mãe, Asthérica Maria da Silva (Tia dadá), filha de Dorvalino Marcello da Silva e Ubaldina Asthérica Mendes da Silva (Tia Querida ou Vó Querida), que era a Chefe (Agente) do Correios e ele o Carteiro do município.
     Havia na cidade duas carroças licenciadas, a do seu Marcello da Silva conduzida pelo seu Oswaldo e a do seu Adão Albanus. Em 1932 foi nomeado para o cargo de Condutor de Malas do Correios. Em 1942 abriu uma vaga de Vendedor de Selos, mas ele declinou dessa oportuinidade para que a Agente, Dona Mercedes, indicasse sua esposa para a função, bem como, mais tarde, também propôs sua promoção para a função de Carteiro. Alguns anos depois, sua esposa passou à Agente Auxiliar e por consequência, chefe do seu marido por longos anos, sem maiores atritos entre o casal. O respeito e o amor, foi a mola mestra desta perfeita e longa relação.
     Na época, o prédio da Agência de Correios e Telegrafos ficava onde hoje esta localizado o Ginásio de Esportes do Arsenal de Guerra, sendo transferida no início da década de 60 para o atual prédio em frente à Prefeitura Municipal. Acima a direita foto tirada no casamento da Regina e Aparício: De pé - O segundo da esquerda é o Bigé filho e o última a direita o tio Oswaldo. Sentados - Está eu empinando uma garrafa de guaraná e a direita meu tio Remildo (Miguel), irmão da Claudete. 

    

     Antigamente o serviço postal brasileiro era lento. Em algumas cidades as cartas demoravam dias e dias para chegar ao destinatário. Na época do DTC - Departamento de Correios e Telegrafos, as malas postais eram transportadas por ferrovia, rios e via marítima. Em nossa cidade seu Oswaldo, O Carteiro, buscava de carroça ou charrete, as malas com as correspondências que vinham de trem ou de lancha, e quando havia enchente, buscava com a lancha do Arsenal em São Jerônimo. Acima lado esquerdo foto do aniversário da Soraya: De pé (atrás) - Fornari, João Marcelo e Gyslaine (filha da Nenê). De pé (em primeiro plano) - Mariza ao lado da prima Beatriz (Bia filha da Nenê), Virgínia com a sobrinha Soraya, Paulinho filho da tia Tereza e Luiz Henrique Schnorr (Ique) Diretor da CGTE.

     Ele costumava entregar as correspondências a pé ou de charrete, serviço que realizou por muitos anos com muita determinação, até aposentar-se. Em 1969, com a criação da ECT - Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos este serviço foi modernizado. Hoje em dia, os carteiros tem a sua disposição motocicletas para entregarem as correspondências, bem como outros tipos de postagem foram cirados. Ao lado foto tirada nos 50 anos de casamento do casal.

     O casal Asthérica e Oswaldo Demoly teve seis filhos: Ubaldina Therezinha (2 filhas e 1 neto), João Marcello - Gijo (4 filhos e 5 netos), Oswaldina (3 filhos, 2 netos e 1 bisneto), Regina (4 filhos e 5 netos), Virgínia (3 filhos e 2 netos) e Cristina (1 filho e 2 netos). O casal teve 17 netos, 17 bisnetos e hoje teriam tataranetos. Ainda, criaram como seus legítimos filhos: A Dejanira (Madrinha da Regina) que reside no município de Triunfo Estado do Pernambuco e tem 4 filhos e 6 netos; As irmãs Ione e Claudete (esposa do Bica) que tem 2 filhos e 4 netos. A Ione não tem filhos. Ao total foram 9 filhos que eles criaram com muito amor, carinho e educação. Acima foto dos filhos: Virgínia, Cristina, João Marcello, Regina e Oswaldina.

     Oswaldo era um católico praticante e fervoroso, e aos domingos não deixava de acompanhar as missas com sua companheira. Ainda, encontrava tempo para trabalhar com sua esposa pela Associação da Santa Rita, para auxiliar nos preparativos das Festas de São Nicolau e para ajudar na preparação das Ceias de Natal dos carentes, quase sempre na companhia da Tia Doce, Profª Docelina Maciel Mendes e da prima Alda Mendes Fornari, além de outros católicos abnegados.
     Atualmente em General Câmara da sua família residem: A neta Sabrina (filha do Flávio Baptista e da Virgínia) esposa do Everaldo, dois bisnetos, e o Genro Alberto Schnorr, viúvo da filha Oswaldina.
     Esta é uma pequena referência da vida de um homem, que escolheu o nosso município para morar e soube aproveitar todas as oportunidades que a cidade lhe ofereceu, que teve êxito enquanto profissional do Correios servindo com dedicação a esta comunidade, constituiu uma bela e grande família, tornou-se um Camarense de Coração e fez, e sempre fará parte da história desta cidade.

     Acima publico a foto dos Avós Asthérica e Oswaldo na formatura da primeira neta, minha querida prima e sempre linda Beatriz (Bia), que atualmente reside na cidade de Caracas capital da Venezuela, para matar a saudade dos familiares e dos nossos amigos.