quarta-feira, 20 de agosto de 2014

GENERAL CÂMARA - TERRA DO ARSENAL DE GUERRA! - 23 de Agosto de 2014.

Respeito todas as opiniões de toda as pessoas que ainda tem ou tiveram ligação fraterna com a nossa querida cidade de General Câmara, que possam ter opiniões diferentes da minha. Dá mesma forma, gostaria que respeitassem a minha opinião sobre o assunto em tela.

Faz parte da nossa cultura a palavra denominada "referência". Ela está em quase todos os lugares e em quase todos os momentos das nossas vidas. Ao abrir um crediário nos pedem referências, quando concorremos a uma vaga de trabalho nos pedem referências, quando nos perguntam quem conhecemos também é uma forma de referência e quando falamos de onde somos, sem dúvidas, é uma das maiores referências.

Acredito que muitos concordarão comigo, o quanto seria maravilhoso, se pudéssemos dizer que somos da terra ou que General Câmara é a terra do Falcão, Brizola, Fernanda Lima, Mário Quintana, Duque de Caxias e de tantas outras pessoas famosas, uma vez que isto, nos enche de orgulho em muitos momentos das nossas vidas.

Pois eu afirmo que tenho muito orgulho quando falo que sou da terra dos saudosos conterrâneos: Deputado Lauro Rodrigues, do Artista e Dublador Eleu Salvador, do Presidente da República Rio-Grandense José Gomes de Vasconcelos Jardim, assim como sinto o mesmo orgulho, quando digo que sou amigo e sou da terra do Historiador e Escritor Francisco Rodrigues e dos Irmãos Pontes, Grandes Zagueiros do Gaúcho de Passo Fundo (Daison), Cruzeiro de Porto Alegre (joão) e Internacional (Bibiano).

Nas décadas dos anos 60 e 70, a maioria ou totalidade dos camarenses que cursaram a Escola Técnica do Arsenal e tiveram aprendizado profissional no AGGC, conseguiram ótimos empregos em grandes empresas como a Forjas Taurus SA, Aços Finos Piratini (Gerdau), entre outras tantas, pela Referência Unânime que existia no mercado de trabalho sobre a qualidade desses profissionais.
General Câmara ou Margem, também foi famosa nessas décadas pelos seus grandiosos bailes, e muitas vezes fui questionado em empresas da capital do estado sobre isso. Mas o que está em questão não eram os bailes, que deu origem ao livro "Sem bossa não há quem possa!" escrito pelo Jornalista camarense Eduardo Rodrigues, e sim mais uma vez a referência sobre a nossa terra, de onde eu era, onde morava!

Para quem não sabe, muitos filhos dessa terra, legítimos ou adotivos, que trabalharam no Arsenal de Guerra, tornaram-se grandes empresários no ramo metalúrgico. A Metalúrgica Falcão de Antônio Kalicheski, onde lá também trabalharam Norli Rosa e Sérgio Kalicheski, todos servidores do AGGC, que é uma referência no mercado pela qualidade dos produtos, com tecnologia AGGC, maior fabricante de Correias de Arraste do Brasil.

A grande moral quanto a isso, é que General Câmara Moderna é e sempre foi conhecida nacionalmente como a terra do Arsenal de Guerra.
Não aceitar esta realidade ou renegar esse patrimônio, essa Grande Referência, é querer MACULAR a história da nossa antiga Margem, da nossa General Câmara, amada por todos nós.
Se, vejam bem, no condicional, o Arsenal de Guerra não tivesse sido instalado em General Câmara, até poderíamos dizer que nós somos da terra dos açorianos ou quem sabe dos ferroviários. Todavia, a história nos reservou outro destino e em função disso, nossa terra General Câmara é também a terra do Arsenal de Guerra. Não há como fugirmos desta realidade, podemos ignorá-la, mas tenham certeza que o prejuízo será sempre nosso, pois ainda é uma boa referência.

Várias cidades gaúchas exploram e dão maior importância a sua principal referência. Cidades denominada como a Terra do Vinho, Terra da Uva, Terra da Melancia, Terra da Laranja e até a Terra do Galo aproveita sua maior referência. E nós, General Câmara, mostramos, dizemos ou fazemos referência a que? A absolutamente nada! Não posso acreditar que isso seja por vergonha, creio que seja por ignorância, no sentido da palavra.
Santa Maria e outras cidades gaúchas, vivem em perfeita harmonia com suas Unidades Militares. Muitas coisas boas acontecem porque há interesse mútuo, existe boa vontade, os setores públicos e militares realizam parcerias, tudo funciona melhor em prol da coletividade.

Não quero explorar o passado, onde a guerra entre o Poder Público Municipal e Diretores do Arsenal era constante. Hoje muita coisa mudou, o exército não tem mais os recursos que tinha, assim como o município também não tem e pior, a cada dia é obrigado a prestar novos serviços a sociedade, com qualidade e eficiência.
O Coronel Carrilho, anterior Diretor do Arsenal de Guerra, foi uma pessoa aberta aos novos tempos, que interagiu dentro do possível com os demais segmentos da nossa sociedade. O atual Diretor, Coronel Paulo Beretta, está aberto ao diálogo e a interagir também com esses segmentos. Da mesma forma, entendo que o atual Prefeito, Darci Freitas, comunga do mesmo pensamento.

Então, com base nisso, o que é que falta para mudarmos de vez o conceito que nada é possível, bem como a cara da nossa cidade. Com certeza, coragem e atitude, deixar de lado qualquer animosidades. É o momento de entrelaçarmos as mãos, trabalharmos em parceria, para o bem comum da nossa coletividade.

Talvez eu seja cobrado porque fugi um pouco do assunto, mas quero que saibam que não entendo desta forma, fiz estes comentários para provocar nossos sentimentos e para mostrar o quanto é importante na vida das pessoas, assim como de uma cidade, o significado de uma boa referência.
Vivemos um momento perfeito para mudanças, derrubar paradigmas. O Arsenal e o município estão em crise. Crescer na adversidade tem um valor muito especial. Vamos criar um Novo Referencial.

Finalizo lembrando que, sou de General Câmara, amo a minha cidade e admiro o Arsenal de Guerra, onde meu pai trabalhou e dele obteve o sustento para a nossa família. Tenho o maior orgulho de falar que sou dessa terra!

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