Respeito todas as opiniões de toda as pessoas que ainda tem ou tiveram ligação fraterna com a nossa querida cidade de General Câmara, que possam ter opiniões diferentes da minha. Dá mesma forma, gostaria que respeitassem a minha opinião sobre o assunto em tela.
Faz parte da nossa cultura a palavra denominada "referência". Ela está em quase todos os lugares e em quase todos os momentos das nossas vidas. Ao abrir um crediário nos pedem referências, quando concorremos a uma vaga de trabalho nos pedem referências, quando nos perguntam quem conhecemos também é uma forma de referência e quando falamos de onde somos, sem dúvidas, é uma das maiores referências.
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Pois eu afirmo que tenho muito orgulho quando falo que sou da terra dos saudosos conterrâneos: Deputado Lauro Rodrigues, do Artista e Dublador Eleu Salvador, do Presidente da República Rio-Grandense José Gomes de Vasconcelos Jardim, assim como sinto o mesmo orgulho, quando digo que sou amigo e sou da terra do Historiador e Escritor Francisco Rodrigues e dos Irmãos Pontes, Grandes Zagueiros do Gaúcho de Passo Fundo (Daison), Cruzeiro de Porto Alegre (joão) e Internacional (Bibiano).
Nas décadas dos anos 60 e 70, a maioria ou totalidade dos camarenses que cursaram a Escola Técnica do Arsenal e tiveram aprendizado profissional no AGGC, conseguiram ótimos empregos em grandes empresas como a Forjas Taurus SA, Aços Finos Piratini (Gerdau), entre outras tantas, pela Referência Unânime que existia no mercado de trabalho sobre a qualidade desses profissionais.
General Câmara ou Margem, também foi famosa nessas décadas pelos seus grandiosos bailes, e muitas vezes fui questionado em empresas da capital do estado sobre isso. Mas o que está em questão não eram os bailes, que deu origem ao livro "Sem bossa não há quem possa!" escrito pelo Jornalista camarense Eduardo Rodrigues, e sim mais uma vez a referência sobre a nossa terra, de onde eu era, onde morava!
A grande moral quanto a isso, é que General Câmara Moderna é e sempre foi conhecida nacionalmente como a terra do Arsenal de Guerra.
Não aceitar esta realidade ou renegar esse patrimônio, essa Grande Referência, é querer MACULAR a história da nossa antiga Margem, da nossa General Câmara, amada por todos nós.
Várias cidades gaúchas exploram e dão maior importância a sua principal referência. Cidades denominada como a Terra do Vinho, Terra da Uva, Terra da Melancia, Terra da Laranja e até a Terra do Galo aproveita sua maior referência. E nós, General Câmara, mostramos, dizemos ou fazemos referência a que? A absolutamente nada! Não posso acreditar que isso seja por vergonha, creio que seja por ignorância, no sentido da palavra.
Santa Maria e outras cidades gaúchas, vivem em perfeita harmonia com suas Unidades Militares. Muitas coisas boas acontecem porque há interesse mútuo, existe boa vontade, os setores públicos e militares realizam parcerias, tudo funciona melhor em prol da coletividade.
O Coronel Carrilho, anterior Diretor do Arsenal de Guerra, foi uma pessoa aberta aos novos tempos, que interagiu dentro do possível com os demais segmentos da nossa sociedade. O atual Diretor, Coronel Paulo Beretta, está aberto ao diálogo e a interagir também com esses segmentos. Da mesma forma, entendo que o atual Prefeito, Darci Freitas, comunga do mesmo pensamento.
Então, com base nisso, o que é que falta para mudarmos de vez o conceito que nada é possível, bem como a cara da nossa cidade. Com certeza, coragem e atitude, deixar de lado qualquer animosidades. É o momento de entrelaçarmos as mãos, trabalharmos em parceria, para o bem comum da nossa coletividade.
Vivemos um momento perfeito para mudanças, derrubar paradigmas. O Arsenal e o município estão em crise. Crescer na adversidade tem um valor muito especial. Vamos criar um Novo Referencial.
Finalizo lembrando que, sou de General Câmara, amo a minha cidade e admiro o Arsenal de Guerra, onde meu pai trabalhou e dele obteve o sustento para a nossa família. Tenho o maior orgulho de falar que sou dessa terra!
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